domingo, 18 de junho de 2017

O inferno na Terra... Os dias seguintes...


 Resultado de imagem para incendio pedrogao grande

Eu fiz editei um x de vídeos e criei uma compilação e publiquei no YouTube.
Vou deixá-la a baixo do texto e se quiserem, este texto pode ser ouvido lá. Mas atenção, não está todo seguido, está em partes distantes do vídeo. 
O vídeo não está perfeito. E houve erros que eu só lhe encontrei depois de já o ter carregado. Agora já não tenho tempo para editar.

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Ficámos conhecidos (Figueiró dos Vinhos, Pedrógão e Castanheira de Pêra) pelo mundo mas pelos piores motivos...
Três vilas e muitas freguesias destruídas que ninguém reconhece...
Em Figueiró dos Vinhos, a população passou a noite em desespero a tentar salvar as suas casas, com poucos bombeiros para ajudar.
Desculpem lá, mas já que nenhum meio de comunicação social dá um pouco de destaque a Figueiró dos Vinhos, que esteve rodeado de chamas, eu vou dar.

E o fogo tudo levou...
Não há cor, a tristeza predomina, o medo assombra.
O inferno desceu à terra!
Neste momento, a pior estrada, a mais triste, assustadora e horrenda estrada do país é nossa. Esta estrada é talvez o cenário mais desolador deste incêndio que matou 62 pessoas.
Se calhar, já nem é estrada, não passa de ausência.
Aqui, ali e além, apenas viaturas carbonizadas.
O calor, o fumo, as árvores carbonizadas,  fios eléctricos deitados, no agora ainda mais escuro alcatrão, simplesmente, o preto e o branco, tal como um dia qualquer imagem da televisão fora.
A façanha do silêncio é mais que muita.
O silêncio faz muito barulho quando não há mais nada.
Só e simplesmente, preto, branco e calado.
Por entre estes lugares a vida foi sugada sem pré avisos.
Nunca ninguém viu Figueiró das cores e da vivacidade como hoje e nos últimos dias, embora digam que há sempre uma primeira vez.
As pessoas dão o testemunho do que viram, é mais forte, e lágrimas a velocidade escorrrem os seus rostos.
As labaredas que o vento coreografou levaram as casas, bens e
rendimentos. Desânimo, aperto e aflição, são alguns dos sinónimos que retratam as caras e corações da população que não vê solução rápida à vista.
Fugimos, ainda, de falar daqueles que não resistiram, a tentar fugir.
A natureza e a conflagração, não dá tréguas, e uns porque se protegiam, outros porque fugiam, outros porque a sua profissão exigia que se aventurassem e que lhes fizessem frente, ..., foram carregados numa embarcação com outro destino.
Numa outra situação (positiva), as fotografias que se espalham na Internet seriam mais que maravilhosas, perfeitas até talvez. Deste modo são apenas o espelho da saudade e do espanto.
Não tenho palavras, nem eu nem a população.


 

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