Foram desorganizados, impacientes e incorretos. Talvez sejam os poucos anos de experiência.
Eles muito provavelmente estavam a cagar-se (desculpem-me lá esta palavra, mas foi a que achei mesmo mais indicada) para se uma oficina cheia de desperdícios, gás, carros e camiões, explodi-se. Primeiro estava fazer o rescaldo de zonas que mesmo que ardessem nunca fariam mossa.
Piorando, os bombeiros de Figueiró e Castanheira estiveram mais em Pedrógão do que nas suas localidades. Eram essas que deviam ter sido socorridas primeiro. Depois não haviam bombeiros!
Então, mas não tem problema, chamamos alguns bombeiros assalariados aqui da terrinha, que lá estão à tantos anos, não fazem nada, não saiem para um único incêndio e ainda recebem.
Entendo que aquelas horas todas a combater tenham sido aflitivas e condeno-os por algumas das suas ações mas valorizo-os por outras.
Os bombeiros não sabem se voltam, mas vão.
Levantam-se às 4 da manhã mal a sirene toca ou nem sequer se deitam, e dormem vestidos e já preparadíssimos. Vocês dão a cara pelos que se escondem e apenas observam, pelos que vão ver de perto e nada fazem, dão a cara por todos. E são alguns para todos. Eles fazem do trabalho a vida.
A diferença entre a vida e a morte das pessoa dependem desses bons (ou não, maus) profissionais.
Para muitas crianças, ser bombeiro é um sonho, mas a realidade é bem diferente da sua imaginação e noção infantil.
Ser um bombeiro é ser um anjo da guarda para alguém que pode estar preso numa casa em chamas.
E ser bombeiro voluntário? Há políticos que nada fazem e são desonestos e nada humildes e recebem um balúrdio, já estes senhores que nada recebem arriscam as vidas.
Quanto à GNR:
Alguns tiveram atitudes iguais à dos bombeiros, outros foram esplêndidos.
Eu tive de mudar de casa e fui para casa de outros familiares, no caminho foi barrada e conforme a Srª guarda disse uma fala eu desatei a chorar ela de imediato me fez uma festa na cabeça e me pediu que tivesse calma, embora isso fosse impossível senti que ela já me conhecia à anos e senti-me reconfortada.
É verdade que eles andam sempre "à caça à multa" e que pelo que dizem eles recebem mais por cada multa que passam, mas vamos inverter os lugares. E se fossemos nós? Não defenderíamos os nossos interesses? Não queríamos levar mais dinheiro para casa no final do mês? Eu acho que se fosse eu, sim. Tanto o nosso lugar, como o deles é injusto.
O erro que a GNR cometeu no meio desta tragédia, foi ter barrado estradas onde a conflagração estava longe e a "estrada da morte", como ela ficou conhecida, não ter sido cortada. Foi nesse estrada que se deram trinta das mortes, metade do total confirmado até agora.
A culpa aí é dos superiores...
Mas a GNR e a PSP também não têm uma vida fácil.
Os policiais, como são mais conhecidos, são heróis destemidos e corajosos que lutam na defesa da população.
Eles protegem-nos, educando os mal comportados, os criminosos, os mal formados, e ajudando os cidadãos, perseguindo e restringindo os que prejudicam a sociedade.
Por vezes, eles podem também ser psicólogos.
Quanto aos repórteres:
Precisamos deles, mas não como precisamos dos bombeiros ou da GNR, nem nada que se compare.
Também não foram corretos, nem pacientes e desorganizados, a história repete-se.
Os jornalistas, repórteres foram uma vergonha.
Vejamos, por exemplo, a Judite de Sousa, tanta coisa quando foi o filho, que queria que respeitassem a sua dor e a morte dele e tal, e agora vai-me para o pé de um cadáver e ainda entrevista a nora do mesmo.
Na minha opinião, uma grandessíssima falta de respeito!
Agora, hoje, a história do Canadair que supostamente caiu. Para que é que os media lançam estas notícias sem elas estarem certificadas? Não caiu nenhum avião. O que sucedeu foi a explosão de uma bilha de gás que estava dentro de uma caravana...
Já, hoje numa entrevista num centro de acolhimento em Góis, o chato do jornalista, que é mesmo assim, foi perguntar a uma senhora que estava a cozinhar, o que é que estava dentro da panela. Ela respondeu-lhe e de seguida disse: "Foi o melhor que se pôde arranjar. Obrigada e adeus!. Respondeu e muito bem!
Num momento trágico, e os jornalistas, que embora estejam a fazer o seu trabalho, às vezes um bocado sensacionalista, são chatos, umas grandes melgas. Todas a perguntas servem.
Temos de ser para os outros o que querem que sejam para nós.
Respeitem a dor! Não criem mais aflição! Dêem a informação como deve ser!
Gratifico e homenageio dois jornalistas, um que o nome desconheço, peço desculpa, e o Rodrigo Guedes de Carvalho.
O primeiro senhor, sei que é repórter da TVI e nada mais. Este ajudou uma senhora idosa a deixar a sua casa, a fugir. Neste local não havia bombeiros nem GNR.
Foi uma atitude honrosa. Até o cão lhe levou ao colo!
Já o Rodrigo Guedes de Carvalho, cumpriu com uma promessa que fez a uma criança, pois "devemos todos ajudar a construir um mundo onde as crianças vejam que os adultos não faltam à sua palavra" (ver aqui)
Duas atitudes dignas e distintas! Gostei!
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