Porque não hei de chorar, quando a alma e o coração precisam de desabafar?
Neste momento acabo de me contrariar, porque um dia fui daquelas e daqueles que se negam a exteriorizar as suas emoções e que acham que chorar é um desperdício e que é algo "mau". Está na altura de me perguntar porque me privo da capacidade de chorar.
Estou aqui a escrever agora e estou a chorar, olha que se dane! Eu sinto necessidade!
Se rio sem problema nenhum, se rio porque sim, porque quero, porque gosto, porque me faz bem, então vou (estou) chorar, choro com total liberdade, não quero guardar lágrimas no meu coração. Se isso acontecesse sentir-me-ía apenas frustrada, triste, ferida por muito mais tempo. É preferível deixá-las escorrer, e deixar que o ar as seque...
Em miúdos, somos constantemente repreendidos por chorar porque nos dizem que isso é para os
Nem que seja por dias... Chorar "à toa" não é sinal de depressão (depende dos casos).
Outra coisa, é também não me entregar completamente e somente ao choro, porque a vida requer coragem, requer que eu me levante esteja lá fora quem ou o que estiver. Chorar alivia, não resolve nada...
Depois do tornado sempre haverá de vir a calma. Pode ser que as coisas até nem mudem mas sempre voltamos à situação com mais calma e procuramos empenho para continuar a viver da melhor forma possível. Até porque as probabilidades de sobrevivermos ao invés de vivermos, são maiores.
(Entretanto, lá para o meio do texto, parei de chorar, senti um pouco da calma.)
Eu não estou bem, mas tudo haverá de ir ao sítio. As peças encaixarão todas, no meu caso, basta não haver grandes expectativas e não subir muito alto. Na vida ganha-se e perde-se, e a dica para ganhar é sempre a mesma: viver apenas com o presente (foi aí que eu errei).
Este texto foi um "só porque sim".
Não estou muito bem e aqui não quero falar sobre isso mas achei que podia encorajar aqueles que estão mais "apertadinhos" a chorarem, deitarem cá para fora, um bocado. Força!
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