Sinto mesmo um enorme nó na garganta. Nunca se está preparado para nada disto.
Vou ter tantas saudades suas (dele). Saudades dos nossos momentos, saudades dos nossos bons e dos maus momentos também (embora esses maus tenham sido poucos).
Após meses de luta contra um cancro no pâncreas e de sofrimento, a pessoa a quem eu chamava de tio, parte agora.
Lutou tanto. Será que merecia? Não, penso que não. Ninguém merece, mas a todos acontece.
Mais uma estrela ilumina o céu e olha por entre nós, pelos seus familiares e por mim, principalmente.
Assim, a partir de hoje, condenados ficarão os dias, devido à minha ansiosa espera pela noite, tempo de te ver. Portanto também, as minhas noites mais iluminadas e os dias mais escuros.
Longe ou perto, pelo menos dantes eu sabia que tu estavas e que a qualquer momento me poderias vir visitar.
Nas últimas horas, o sofrimento e tristeza têm sido grandes e nos próximos dias o mesmo está destinado a acontecer. Embora saiba que estás a olhar por mim e que queres apenas que me lembre de ti e assim sorria, não sei se o consigo fazer, mas tentarei.
Deixaste aqui tanta coisa. A mais importante que deixaste foi a demonstração de que nunca se deve desistir, deve sempre ser feito um esforço e que a esperança é a última a morrer. E em tua honra tentarei sempre que puder, passar essa mensagem e levá-la avante.
Faz uma boa viagem!
Que descanses em paz!
E porque isto não é um adeus, até já!


Sem comentários:
Enviar um comentário